sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu amo este capítulo

Então, lhe disse Isaque, seu pai: Chega-te e dá-me um beijo, meu filho. Ele se chegou e o beijou. Então, o pai aspirou o cheiro da roupa dele, e o abençoou, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o SENHOR abençoou; Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar” Gênesis 27:26-29.

Perguntou-lhe Isaque, seu pai: Quem és tu? Sou Esaú, teu filho, o teu primogênito, respondeu. Então, estremeceu Isaque de violenta comoção e disse: Quem é, pois, aquele que apanhou a caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que viesses, eu o abençoei, e ele será abençoado” Gênesis 27: 32-33.

Um dos textos bíblicos que mais amo é o capitulo 27 do livro de Gênesis.

O capítulo descreve o momento em que Jacó recebeu a bênção de seu pai Isaque, em lugar de seu irmão Esaú.

Todavia, antes que isto ocorresse, Jacó comprou seu direito de primogênitura por um prato de comida. Esaú desprezou um tesouro espiritual em troca de um momento de prazer. Gênesis 25:29-34.

Isaque não sabia que o direito de primogenitura fora transferido para Jacó, tampouco, Esaú considerava-se desprovido dele. Quando se apresentou diante de seu pai, evocou o seu direito, dizendo: “Sou Esaú, teu filho, teu primogênito...” Gênesis 27:32. Esaú tinha o direito de primogenitura na carne, mas Jacó, o tinha pela fé.

Vale a pena meditar nas palavras de Isaque, quando abençoou seu filho. Uma análise deste texto revela que as palavras proferidas por uma autoridade portam um grande poder. Palavras são como caminhos por onde trafegam autorizações espirituais. As palavras por si só não são as bênçãos (mas são ligações para elas), pois as bênçãos proveem da parte de Deus. Estas autorizações têm o poder de exercer influência sobre o mundo material pelo poder e vontade de Deus, baseado na natureza daquilo que se pronunciou. Estas declarações servem tanto para o bem, quanto para o mal. Quando são utilizadas para o bem, diz-se tratar-se de uma bênção, do contrário, uma maldição, por onde trafegam poderes malignos.

A bênção nada mais é que bendizer, ou seja, dizer bem, falar bem. Analogamente, a maldição é a atitude de falar mal ou de falar coisas ruins. Salomão cria nisto e escreveu: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” Provérbios 18:21.

Quando Isaque proferiu palavras sobre seu filho, ele preparava o ambiente espiritual para que aquilo se cumprisse. Ele tinha autorização para isto, já que era uma autoridade familiar. Nada daquilo que ele proferiu ainda existia materialmente, mas chamaria à existência ao emitir tais declarações.

Isaque chamou seu filho Esaú para abençoá-lo. A intenção de seu coração era de que este filho recebesse sua bênção. No entanto, Jacó, fazendo-se passar por Esaú, colocou-se diante do seu pai e foi abençoado no lugar de seu irmão. A intenção do coração de Isaque nunca fora que Jacó recebesse tal bênção. Isaque via a Esaú dentro de si, apesar de ter a Jacó em seus braços.

Talvez possamos imaginar a cena: Isaque e Jacó, a sós em uma tenda. O coração do pai alegrava-se ao chegar o momento da entrega da bênção ao filho que mais amava. Ele pensara sobre o assunto durante algum tempo e era chegada a hora. Suas mãos tocavam seu filho Jacó, sua barba roçava seu corpo enquanto o cheirava e pronunciava palavras de bem... Só que, no coração de Isaque, quem estava presente era Esaú. Então, se a intenção era de que a bênção de Deus caisse sobre o filho mais velho, por que Deus abençoou de fato o filho mais novo? Já não bastava o filho enganá-lo, Deus também igualmente o faria?

A velha expressão de que "o que vale é a intenção" não é bíblica. Não são as intenções que alcançam o favor do SENHOR, mas as ações. A bênção de Deus só encontra guarida onde existe fé. Se não fosse assim, Esaú teria sido abençoado onde quer que estivesse, e aquela ocasião teria sido nada mais que um ritual sem sentido.

As mãos de Isaque representam o trabalho, as ações e obras que provêm de fé. As intenções por si mesmas não produzem nada, já que a fé sem as obras está morta. Esaú estava em seu coração, mas suas mãos, sobre Jacó. Por outro lado, Jacó recebeu aquela bênção pela fé, enquanto que Esaú confiava que a receberia pelo direito da carne.

Isaque compreendia que a bênção era irrevogável, como declara: “... e o abençoei, e ele será abençoado” (Gênesis 27:33). Mesmo que Esaú, o filho amado, tivesse clamado com lágrimas por ela, Isaque não teria mais como anulá-la.

Nossas vidas, a exemplo do texto bíblico, devem ser dirigidas a transformar as intenções em ações, já que são as ações que prosperam (Salmo 1:3). Deus aguarda que realizemos mais do que temos efetivamente realizado.

Anos mais tarde, cumpriam-se as declarações feitas por seu pai: “E o homem se tornou mais e mais rico; teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos”. Gênesis 30:43.

Hoje, temos todas as bênçãos de nosso Pai celestial a nossa disposição. No entanto, não fomos nós quem a compramos. Jesus Cristo pagou um preço de sangue para que pudéssemos ter acesso a elas, e a exemplo de Jacó, devemos tomá-las pela fé. Finalizando, todas as bênçãos de Deus são irrevogáveis, ou seja, não podem ser anuladas. Não existe possibilidade de que não sejamos abençoados.

Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo...” Efésios 1:3.

Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos” II Coríntios 4:13.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Deus proverá o socorro

Certa ocasião, eu precisava tomar uma decisão que me gerava muito medo e julgava demasiadamente difícil. Durante o tempo em que a protelei, minha alma perturbava-se muito. Não conseguia me entregar completamente a Deus, e me sentia como alguém desprovido da fé, sem a qual, seria impossível agradá-Lo (Hebreus 11:6).

Um dia, vi algo sobre o qual vale a pena refletir. De repente, encontrei-me no alto de um monte, e era necessário que eu descesse. Completamente amedrontado, imaginava-me jogando-me do alto. Eu tinha muito medo, pois, lançar-me, significaria meu fim. Meu coração angustiava-se (porque sentia que não confiava em Deus), e este sentimento aumentava mais e mais. Como a angústia tornou-se maior que o medo, intencionei saltar, como prova de minha confiança. Eu precisava de paz, e a morte já não parecia tão ruim assim...

Então, ouvi uma voz que me dizia: Desce pela corda, não te jogues! E havia uma corda!

Ao vê-la, perguntei: Mas SENHOR, isto não seria falta de fé?

E o SENHOR respondeu: Não importa como descerás, importa que tu desças. A fé não é medida por maneiras, mas sim por obras.

Hoje, creio que entendo as Palavras de Jesus:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11:8).

E enquanto escrevo isto, ouço-o falar: É, filhinho... Nunca te pedi que fizeste as coisas da maneira mais difícil... E sinto-me aliviado.
Escrito em 06/07/2009.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

A porta certa, sim. O tempo certo, não.

Esta manhã, acabei me atrasando um pouco para ir ao trabalho. Encontrava-me cansado quando cheguei, pois, caminhei mais depressa que o normal, na tentativa de compensar o tempo perdido. Como de costume, uso as escadas para alcançar o terceiro andar onde fica minha sala, já que normalmente o elevador é bastante disputado.

No entanto, ao atravessar o corredor, percebi que o elevador estava parado. Suas portas abertas pareciam-me como que um largo sorriso! Tomado de um sentimento misto de pressa, exaustão, surpresa e alegria, pensei ser aquela uma grande oportunidade. Imagine: Cansado como estava, providencial parecia-me o elevador inteiramente vazio aguardando-me entrar!

Mais que depressa embarquei e apertei o botão para o terceiro andar. Parecia tudo perfeito, até que atinei: Precisaria ainda que eu registrasse minha entrada no relógio ponto, e este, ficava exatamente no andar onde eu tomara o elevador. Agora, sentia invadir-me a frustração... Meu coração também havia tomado um elevador, só que agora, ele estava pra baixo, ou ainda, sentia-me como numa gangorra que me levava de volta ao chão.

Enquanto descia, pensei: Parecia uma grande oportunidade! E era mesmo. Todavia, antes que eu pudesse tê-la agarrado, importava que cumprisse outras exigências.

E como se não bastasse, pedi o andar errado, atrasei-me um pouco mais e acabei utilizando as escadas...

E a Palavra de Deus nos ensina:

"Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado" Provérbios 19:3. Escrito em 02/07/2009.

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