quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ele se importa

Em certa ocasião, via algumas figuras dos planetas em escala. Inicialmente, parecia-me apenas curioso, depois, entendi que era muito mais que isto.

Aos poucos, a Terra desaparecia. A cada astro com que ela era comparada, tornava-se cada vez menor. A Terra ainda seria muito grande se comparada a um grão de areia na praia. Estrelas sobrepujavam o tamanho de nosso planeta que, não passava de um ponto quase imperceptível, até desaparecer por completo.

Uma janela abriu-se em meu entendimento: qual seria então o tamanho de Deus? E meus pensamentos, tentavam imaginá-lo até tornar-se um exercício mental insuportável.

Não somos mais que uma partícula de pó no universo. E, se porventura, pudesse conceber a dimensão do infinito, ela seria apenas uma nova partícula. É como se pudesse colocar o universo numa caixinha, e, em seguida, esta mesma caixinha fosse colocada dentro do universo, e assim, infinitamente.

A reflexão não parou ai. Após percorrer tantos anos-luz, retornei ao ponto inicial. Descobri que ainda não tinha chegado ao ponto insignificante. Ao olhar meu próprio corpo, não seria ele composto igualmente de células microscópicas? Em se tratando dos átomos, não seria eu mesmo comparado ao universo para eles?

Quando eu era criança, olhava os livros de geografia e fascinava-me o tamanho de Júpiter. Com certa inveja, eu me perguntava: por que não era a Terra também tão grande assim? Bem, hoje penso diferente. Entendi que não importa o tamanho que tivéssemos, ainda seríamos um ponto. Portanto, nossa importância não está em nosso tamanho, mas sim, no que significamos.

Mesmo sendo tão pequenos, Deus se importou conosco. Por isso deu o Filho. E eis que no universo havia um único átomo, que sofria uma interferência. E mesmo assim Ele se importou. Ele poderia ter passado de largo, mas sabia, enquanto uma simples poeirinha sofresse, o universo não estaria de seu agrado. Ainda há dúvidas de que Ele se importa com cada detalhe da vida?

Toda vez que se canta um louvor a Ele, ali, naquele canto da criação, estão os seus ouvidos, pois Ele se importa. Trecho do meu livro.

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Evangelho de João.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Corrida Maluca

De minuto em minuto, passa-se toda a vida. O mundo impõe a pressa do seu ritmo ao nosso viver. No entanto, nem mesmo o tempo se corrompe: nunca, um único segundo, atendeu alguma demanda em caminhar mais depressa.

De repente, nascemos e desembarcamos num lugar em que, primeiramente, herdamos. Um lugar estranho, construído pelos que nos antecederam. E logo, dita-nos as regras de como pensar, agir, ter e obter. Convence-nos e reprime-nos a uma louca corrida atrás de não se sabe bem o que, ou, aonde se deve chegar. Sob pena de sermos engolidos, conformamo-nos em aceitar seu ritmo. E hoje, já não vale muito um único idioma estrangeiro, ou uma única especialização, ou trabalhar também aos sábados. É sempre preciso mais. O mundo dita todos os dias quanto mais. O exigido hoje, é menos do que será amanhã.

Leia-se homem ao mundo. Os homens criam o padrão, após distanciarem-se o bastante. São inatingíveis, e isto, garante-lhes o status. E precisam continuar inovando, ditando o que se alcançar e sonhar. E como quem já obteve o que ostenta, divertem-se com a nossa admiração, e, quem sabe, nossa fadiga. O mundo que pronto está a me esmagar, é o mesmo que me afaga o ego. Hipócrita.

Nesta corrida, acostumamo-nos a passar por cima dos outros, mas não somente deles. Pisamos a ética, a honra e atropelamos o caráter. Afinal, são detalhes, são barreiras que, somente atrapalham... Esquecemo-nos que na vida, de tudo que se alcança, há do que se consegue exclusivamente com a ajuda de outros. Jesus ensinou: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á”. Como interpreto? Bem, ora recebo diretamente de Deus; ora me esforço; ora encontrarei em outros. E por que neles? Porque se eu mesmo pudesse abrir, não teria batido. E bater, é diferente de pisar... Neste sistema, daquilo que se nos abre, não teria sido dado diretamente dos céus a quem nos abriu? Bem, disto concluo: se chegou até nós, não seria então tudo vindo de Deus? Trecho do meu livro.

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Sou homem como tu

De repente, encontrava-me numa antessala. Havia uma mesa sobre uma plataforma no centro. As paredes ao redor, revestidas de muitos detalhes, encantavam pela beleza, e, as colunas, uniam-se no alto umas as outras através de arcos. Deveras, tratava-se de um local magnífico e de muito esplendor, remetendo-me ao prazer estético. Minha missão naquele local me parecia pontual: eu deveria estudar o tecido de linho que, segundo dizem, fora o mesmo que cobriu o corpo de Cristo quando retirado da cruz - o Santo Sudário.

A sala ficava em nível rebaixado em relação à entrada. Caminhei em direção à plataforma e pedi para ver o Sudário. Um homem, atendendo a solicitação, desenrolou uma peça sobre a mesa. Olhei, e imediatamente percebi que aquilo não era o Sudário. Na verdade, fora-me exposta uma tela, onde se via, inúmeros quadrinhos, como num tabuleiro de xadrez. Cada quadro tinha uma figura, e suas cores eram muito vivas, onde o vermelho era a de maior abrangência e destaque. Um dos meus irmãos, o Raphael, acompanhava-me naquela visita. Enquanto eu tentava entender o que significava aquilo, uma vez que esperava ver o Sudário, afastou-se de mim meu irmão.

Rodeei a mesa, colocando-me em outra posição. Olhei para minha direita. Vi que havia uma porta numa das paredes, que era a entrada para outro cômodo. Encontrava-se semiaberta, por isso, observava o que acontecia lá dentro. A penumbra dominava o ambiente. Uma grande janela, que se estendia até o alto, permitia que raios de luz atravessassem suas frestas e dissipassem um pouco das trevas em seu interior. Em frente à janela, um homem em vestes brancas caminhava de um lado para o outro, e, atribui tal conduta, à preocupação. Naquele instante, como se uma seta de entendimento penetrasse em meu espírito, compreendi algo: aquele era o quarto do Papa; o homem em seu interior, ele próprio.

Enquanto eu observava a cena, Raphael, estendeu sua mão e tocou a parede. Quase que simultaneamente, eu o repreendi: “Cuidado, não incomode o Papa!”, disse com veemência.

Num momento em que me encontrava parado ao lado da mesa, um outro homem, de súbito, surgiu. Assemelhava-se a um frade, e seu aspecto transmitia violenta preocupação. Com uma das mãos, ele tampava sua boca e nariz, na tentativa de proteger-se do ar que respirava. Demasiadamente agitado, perguntou-me se porventura, eu ignorava o fato de que além da porta encontrava-se o quarto do Papa, retirando-se em seguida. E alcançou-me novamente a seta: de uma doença contagiosa, o Papa sofria.

Alguns instantes se passaram e o homem retornou. Trouxe consigo, estendida em seus braços, uma túnica vermelha. Entregou-a em minhas mãos, e, saiu apressadamente. Ao recebê-la, desejei vesti-la, e sai para um passeio pelo esplendoroso palácio. Eu me sentia feliz, e até certo ponto, divertia-me. Subi alguns degraus, e virei à direita, saindo daquela câmara. Caminhei pelo corredor, e no final dele, à direita, havia um posto de recepção. Nele, encontravam-se duas senhoras que, aproximando-me delas, com um ar de respeito e reverência, cumprimentaram-me dizendo: “Santidade...”

Quando as ouvi, disse: “Não se preocupem, pois lavarei antes de devolvê-la”, referindo-me à túnica que vestia. Olharam-se, e em seus lábios, discretos sorrisos, como se eu fizesse uma amável e singela brincadeira. Ao observar tal comportamento, atingiu-me a seta do entendimento pela última vez: verdadeiramente, eu era o novo Papa!

Por alguns segundos, refleti. Compreendendo minha posição, meu coração encheu-se de alegria. Eu gostava do que acontecia. Um sentimento de muito prazer preenchia minha alma. De repente, ouvi clamores, e meus olhos foram transportados para além daquelas paredes. Do alto, eu vi uma grande multidão reunida numa enorme praça defronte ao palácio, ovacionando-me e dando-me as boas-vindas

Deixei as senhoras, e, caminhando, adentrei em um grande salão, cuja parede a minha esquerda era de pedras e possuía aberturas como janelas. Jovens encostados nas paredes observavam minha passagem. Eu sorria e observava seus rostos. De início, estranhei por não vê-los ajoelhando-se, pois, imaginava, seria a atitude natural diante do Papa. No entanto, não era algo que eu desejava.

Ao chegar ao final do salão, havia três ou quatro degraus. Na iminência da descida, um homem correu ao meu encontro, reverenciou-me e ajoelho-se diante de mim, tomado de intensa emoção. Censurando-lhe a atitude, pedi que se levantasse depressa e afirmei: “Não te ajoelhes diante de mim, pois, como disse Pedro: sou homem como tu”. E o sonho acabou. Bem, no mínimo, um sonho bastante estranho para um huguenote. Trecho do meu livro, de um sonho que tive em 2004.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Esta é a nossa marca

“Amados, todos os domingos recebemos as crianças em nossas classes. Há algum tempo, perguntava-me qual seria nossa contribuição, nossa marca na vida delas. Contar histórias bíblicas? Entretê-las enquanto seus pais celebram ao SENHOR?

Todos nós desejamos ser vitoriosos e que nossos filhos também o sejam. Para aqueles que creem nisto, a Palavra de Deus afirma: “e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.


A vitória que vence o mundo não é o cursinho pré-vestibular do Positivo, não é a graduação em medicina na PUC, não é uma alta posição numa empresa, não é falar um segundo ou terceiro idioma fluentemente. Tudo isto são coisas importantes, mas sem fé, não são garantias de vitória.

Reunimo-nos com elas todos os domingos e, nosso desafio, com a ajuda de Deus, é imprimir a fé em cada um destes corações”. Ministração sobre crianças, 20/09/2009.

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Primavera parisiense

Era um dia de uma primavera e eu caminhava pelas ruas de Paris. Se fosse um filme, meu passeio seria embalado ao som de um musette.

Naquela tarde, encontrei uma criança cujas mãos erguidas aos céus, atraiam pássaros bailarinos! Voavam ao redor de suas mãos, e apresentavam um belíssimo espetáculo aéreo!

Após passar pela torre Eiffel e pelo túmulo de Napoleão, seguia em direção às margens do rio. Durante o trajeto, uma cena que jamais esquecerei...

Tudo durou apenas alguns segundos, mas o momento parece eterno. Ela manobrava uma bicicleta que me pareceu peça de museu... Assim que surgiu na esquina, meus olhos, fixados nela, permitiam-me à alma um dos maiores prazeres que jamais senti. Não sei de onde ela vinha, nem para onde iria... E a paisagem ao meu redor se transformou. Uma sensação nostálgica e poética, a imagem daquela moça, proporcionou aos meus sentidos experimentarem. Ah, como gostaria de vê-la mais uma vez!

Enquanto ela se aproximava, meu coração se impressionava. Eu sentia que vira algo parecido, mas somente em filmes de época. Seria um déjà vu? Manifestavam-se em mim muitos sentimentos. Impressionante inocência foi um deles. Em contraste com a realidade de uma grande cidade, de repente, nada mais singelo, simples e romântico surgia. E aquela calçada, de uma rua pouco importante, sob as sombras das árvores, foi o cenário perfeito.

Sua fisionomia? Não me recordaria. Vejo como que lembranças envoltas em brumas, mas que ainda têm o poder de me inspirar. Eu caminhava no sentido oposto ao dela, mas a oposição, neste caso, presenteou-me com uma das mais lindas pinturas.

Lembro-me de sua face serena, de sua pele branquinha e dos contornos suaves do seu rosto de menina de não mais de vinte anos. Talvez, aquele seja o que poderia descrever como um típico traço francês. Ela trajava um comportado vestido escuro, de um modelo que me traz a lembrança uma linda boneca de pano. Seu pedalar suave, combinado aos meus passos, aproximavam-nos um do outro. Seus cabelos estavam presos, e seu rosto era adornado por um par de óculos. Enquanto escrevo, sinto como que minha alma clamasse por conhecê-la.

Muitos bons sentimentos afloram ao me recordar. Sua imagem materializava a da própria pureza, da própria singeleza e da própria inocência. Era como se meu coração não compreendesse, mas se rendesse ao seu encanto. Aquele foi o dia em que não imaginei o passado, mas o passado veio até mim, surpreendendo-me próximo à esquina. Sua passagem pela minha vida foi como um vento, que traz um sentimento de uma lembrança bucólica da infância. Talvez eu nunca saiba quem ela é, mas sempre saberei quem ela foi para mim... Trecho do meu livro.

Para sentirmos um pouco desta inocência, recomendo o vídeo abaixo.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Horário do ônibus

Naquele dia eu aguardava o ônibus. Não lembro para onde ia e nem o porquê deveria, mas lembro-me que devido a pressa, aguardava-o com muita expectativa.

O tempo passava, e nada do ônibus vir. O tempo em que eu aguardava era significativo, e logo, um pensamento brotou dentro de mim: “Talvez não seja dia deste ônibus circular...”, imaginei.

No entanto, contrariando minha imaginação, outro pensamento surgiu: “É claro que o ônibus virá... Eu conferi o horário dele no terminal...”, e tornei-me confiante. Apesar de todas as circunstâncias cooperarem para que eu desistisse, obrigava-me admitir que o ônibus viria.

Em seguida, um outro pensamento: “Se julgas de confiança um informativo num papel, não seria razoável que confiasses ainda mais no que está escrito na Palavra de Deus?”

Este pensamento foi libertador... Ali, eu senti como se corresse muitas distâncias para mais perto de Deus. Escrito por Cléber C. FERNANDES.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A verdade sobre ofertas

Certa vez, ouvia um pastor falar sobre ofertas. Baseava-se no texto em que o rei Davi comprou a eira de Araúna para que ali erguesse um altar. A história conta que quando o rei chegou àquela propriedade, seu dono intentou doar-lhe o terreno. Davi não aceitou o presente, mas ofereceu o pagamento devido. Ele declarou:

“Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata” II Samuel 24:24.

No entendimento do pastor, este texto significa que devemos ofertar a Deus de forma que sintamos ser aquela uma renúncia dolorosa, pois para ser agradável a Deus, precisa custar algo. Normalmente, assim nos sentimos, quando somos incitados a entregar mais do que temos como prova de nossa fé e amor.

Bem, entendamos como Davi realmente se sentia ao fazer aquilo. Davi era um homem riquíssimo. O livro de I Crônicas, capítulo 29, descreve como empregou seus recursos para a construção do Templo:

“Eu, pois, com todas as minhas forças já preparei para a casa de meu Deus ouro para as obras de ouro, prata para as de prata, bronze para as de bronze, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira; pedras de ônix, pedras de engaste, pedras de várias cores, de mosaicos e toda sorte de pedras preciosas, e mármore, e tudo em abundância. E ainda, porque amo a casa de meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho dou para a casa de meu Deus, afora tudo quanto preparei para o santuário: três mil talentos de ouro, do ouro de Ofir, e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas; ouro para os objetos de ouro e prata para os de prata, e para toda obra de mão dos artífices. Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao SENHOR? Então, os chefes das famílias, os príncipes das tribos de Israel, os capitães de mil e os de cem e até os intendentes sobre as empresas do rei voluntariamente contribuíram e deram para o serviço da Casa de Deus cinco mil talentos de ouro, dez mil daricos, dez mil talentos de prata, dezoito mil talentos de bronze e cem mil talentos de ferro. Os que possuíam pedras preciosas as trouxeram para o tesouro da Casa do SENHOR, a cargo de Jeiel, o gersonita. O povo se alegrou com tudo o que se fez voluntariamente; porque de coração íntegro deram eles liberalmente ao SENHOR; também o rei Davi se alegrou com grande júbilo”

Eis acima a descrição da quantidade doada por Davi, diretamente de sua fortuna pessoal, como afirma:

“Três mil talentos de ouro de Ofir; e sete mil talentos de prata purificada, para cobrir as paredes das casas...”

Convertendo-se para unidades conhecidas, temos o mesmo verso da seguinte forma:

“...cento e cinco toneladas de ouro puro de Ofir e duzentos e quarenta e cinco toneladas de prata refinada, para o revestimento das paredes do templo” NVI.

Quando Davi comprou a eira por 50 ciclos de prata, e considerando que cada siclo equivalia a 12 gramas, é fácil descobrir quanto pagou pela propriedade.

A pergunta agora é: Foi um doloroso sacrifício para um homem que possuía pelo menos 245 toneladas de prata refinada, pagar 600 gramas dela pela terra de Araúna? Se não foi, então o que Davi quis dizer quando desejou que o local lhe custasse algo?

Davi desejava oferecer a Deus algo que pertencesse a si, e não algo que pertencesse a outro. Infelizmente, este texto é usado de maneira a estimular as pessoas a ofertarem mais do que poderiam. O apóstolo Paulo orienta que isto não aconteça acerca de ofertas:

“Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem” II Coríntios 9:12.

Devemos oferecer nossas ofertas para Deus pelo espírito de propósito e nunca, pelo espírito da coação. Quando nos sentimos parte do projeto de Deus, ofertamos generosamente e voluntariamente, entendendo que contribuímos para o avanço daquela obra. È por isto que Davi doou sua fortuna; é por isto que os cristãos depositavam seus bens aos pés dos apóstolos.

Nada do que possamos oferecer a Deus em troca de suas bênçãos tem valor. Deus não se agrada disto, pois não são nossos atos de justiça (Isaías 64:6) ou obras que alcançam o favor do SENHOR (Efésios 2:8-9). Deus não é comprável como pensaram Ananias e Safira (Atos 5). Deus não está brincando conosco num jogo de toma lá, dá cá.

Em Atos dos Apóstolos narra-se a história de um homem convertido ao cristianismo. No passado ela fora mágico (conhecido em sua região como O Grande Poder), e ficou extasiado ao ver os sinais que eram realizados através dos apóstolos. E o texto declara:

“Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito [Santo], ofereceu-lhes dinheiro, propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo. Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para a perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração...” Atos 8:18-22.

Com qual intenção temos ofertado a Deus?

E a viúva pobre? Interessante notar que o próprio Cristo afirma que ela deu tudo o que tinha, e não daquilo que ela não tinha (Lucas 21:1-4). Infelizmente, hoje, muitos são motivados a ofertarem além daquilo que possuem. Neste texto, é claro que Jesus está falando de proporções, e não de quantidades. A oferta da viúva foi generosa e voluntária. Por quê? Porque ninguém naquele local estimularia alguém a ofertar o que lhes parecia insignificante. No entanto, a sua oferta foi a maior. Escrito por Cléber C. FERNANDES.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu amo este capítulo

Então, lhe disse Isaque, seu pai: Chega-te e dá-me um beijo, meu filho. Ele se chegou e o beijou. Então, o pai aspirou o cheiro da roupa dele, e o abençoou, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o SENHOR abençoou; Deus te dê do orvalho do céu, e da exuberância da terra, e fartura de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar” Gênesis 27:26-29.

Perguntou-lhe Isaque, seu pai: Quem és tu? Sou Esaú, teu filho, o teu primogênito, respondeu. Então, estremeceu Isaque de violenta comoção e disse: Quem é, pois, aquele que apanhou a caça e ma trouxe? Eu comi de tudo, antes que viesses, eu o abençoei, e ele será abençoado” Gênesis 27: 32-33.

Um dos textos bíblicos que mais amo é o capitulo 27 do livro de Gênesis.

O capítulo descreve o momento em que Jacó recebeu a bênção de seu pai Isaque, em lugar de seu irmão Esaú.

Todavia, antes que isto ocorresse, Jacó comprou seu direito de primogênitura por um prato de comida. Esaú desprezou um tesouro espiritual em troca de um momento de prazer. Gênesis 25:29-34.

Isaque não sabia que o direito de primogenitura fora transferido para Jacó, tampouco, Esaú considerava-se desprovido dele. Quando se apresentou diante de seu pai, evocou o seu direito, dizendo: “Sou Esaú, teu filho, teu primogênito...” Gênesis 27:32. Esaú tinha o direito de primogenitura na carne, mas Jacó, o tinha pela fé.

Vale a pena meditar nas palavras de Isaque, quando abençoou seu filho. Uma análise deste texto revela que as palavras proferidas por uma autoridade portam um grande poder. Palavras são como caminhos por onde trafegam autorizações espirituais. As palavras por si só não são as bênçãos (mas são ligações para elas), pois as bênçãos proveem da parte de Deus. Estas autorizações têm o poder de exercer influência sobre o mundo material pelo poder e vontade de Deus, baseado na natureza daquilo que se pronunciou. Estas declarações servem tanto para o bem, quanto para o mal. Quando são utilizadas para o bem, diz-se tratar-se de uma bênção, do contrário, uma maldição, por onde trafegam poderes malignos.

A bênção nada mais é que bendizer, ou seja, dizer bem, falar bem. Analogamente, a maldição é a atitude de falar mal ou de falar coisas ruins. Salomão cria nisto e escreveu: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” Provérbios 18:21.

Quando Isaque proferiu palavras sobre seu filho, ele preparava o ambiente espiritual para que aquilo se cumprisse. Ele tinha autorização para isto, já que era uma autoridade familiar. Nada daquilo que ele proferiu ainda existia materialmente, mas chamaria à existência ao emitir tais declarações.

Isaque chamou seu filho Esaú para abençoá-lo. A intenção de seu coração era de que este filho recebesse sua bênção. No entanto, Jacó, fazendo-se passar por Esaú, colocou-se diante do seu pai e foi abençoado no lugar de seu irmão. A intenção do coração de Isaque nunca fora que Jacó recebesse tal bênção. Isaque via a Esaú dentro de si, apesar de ter a Jacó em seus braços.

Talvez possamos imaginar a cena: Isaque e Jacó, a sós em uma tenda. O coração do pai alegrava-se ao chegar o momento da entrega da bênção ao filho que mais amava. Ele pensara sobre o assunto durante algum tempo e era chegada a hora. Suas mãos tocavam seu filho Jacó, sua barba roçava seu corpo enquanto o cheirava e pronunciava palavras de bem... Só que, no coração de Isaque, quem estava presente era Esaú. Então, se a intenção era de que a bênção de Deus caisse sobre o filho mais velho, por que Deus abençoou de fato o filho mais novo? Já não bastava o filho enganá-lo, Deus também igualmente o faria?

A velha expressão de que "o que vale é a intenção" não é bíblica. Não são as intenções que alcançam o favor do SENHOR, mas as ações. A bênção de Deus só encontra guarida onde existe fé. Se não fosse assim, Esaú teria sido abençoado onde quer que estivesse, e aquela ocasião teria sido nada mais que um ritual sem sentido.

As mãos de Isaque representam o trabalho, as ações e obras que provêm de fé. As intenções por si mesmas não produzem nada, já que a fé sem as obras está morta. Esaú estava em seu coração, mas suas mãos, sobre Jacó. Por outro lado, Jacó recebeu aquela bênção pela fé, enquanto que Esaú confiava que a receberia pelo direito da carne.

Isaque compreendia que a bênção era irrevogável, como declara: “... e o abençoei, e ele será abençoado” (Gênesis 27:33). Mesmo que Esaú, o filho amado, tivesse clamado com lágrimas por ela, Isaque não teria mais como anulá-la.

Nossas vidas, a exemplo do texto bíblico, devem ser dirigidas a transformar as intenções em ações, já que são as ações que prosperam (Salmo 1:3). Deus aguarda que realizemos mais do que temos efetivamente realizado.

Anos mais tarde, cumpriam-se as declarações feitas por seu pai: “E o homem se tornou mais e mais rico; teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos”. Gênesis 30:43.

Hoje, temos todas as bênçãos de nosso Pai celestial a nossa disposição. No entanto, não fomos nós quem a compramos. Jesus Cristo pagou um preço de sangue para que pudéssemos ter acesso a elas, e a exemplo de Jacó, devemos tomá-las pela fé. Finalizando, todas as bênçãos de Deus são irrevogáveis, ou seja, não podem ser anuladas. Não existe possibilidade de que não sejamos abençoados.

Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo...” Efésios 1:3.

Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos” II Coríntios 4:13.

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Deus proverá o socorro

Certa ocasião, eu precisava tomar uma decisão que me gerava muito medo e julgava demasiadamente difícil. Durante o tempo em que a protelei, minha alma perturbava-se muito. Não conseguia me entregar completamente a Deus, e me sentia como alguém desprovido da fé, sem a qual, seria impossível agradá-Lo (Hebreus 11:6).

Um dia, vi algo sobre o qual vale a pena refletir. De repente, encontrei-me no alto de um monte, e era necessário que eu descesse. Completamente amedrontado, imaginava-me jogando-me do alto. Eu tinha muito medo, pois, lançar-me, significaria meu fim. Meu coração angustiava-se (porque sentia que não confiava em Deus), e este sentimento aumentava mais e mais. Como a angústia tornou-se maior que o medo, intencionei saltar, como prova de minha confiança. Eu precisava de paz, e a morte já não parecia tão ruim assim...

Então, ouvi uma voz que me dizia: Desce pela corda, não te jogues! E havia uma corda!

Ao vê-la, perguntei: Mas SENHOR, isto não seria falta de fé?

E o SENHOR respondeu: Não importa como descerás, importa que tu desças. A fé não é medida por maneiras, mas sim por obras.

Hoje, creio que entendo as Palavras de Jesus:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11:8).

E enquanto escrevo isto, ouço-o falar: É, filhinho... Nunca te pedi que fizeste as coisas da maneira mais difícil... E sinto-me aliviado.
Escrito em 06/07/2009.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

A porta certa, sim. O tempo certo, não.

Esta manhã, acabei me atrasando um pouco para ir ao trabalho. Encontrava-me cansado quando cheguei, pois, caminhei mais depressa que o normal, na tentativa de compensar o tempo perdido. Como de costume, uso as escadas para alcançar o terceiro andar onde fica minha sala, já que normalmente o elevador é bastante disputado.

No entanto, ao atravessar o corredor, percebi que o elevador estava parado. Suas portas abertas pareciam-me como que um largo sorriso! Tomado de um sentimento misto de pressa, exaustão, surpresa e alegria, pensei ser aquela uma grande oportunidade. Imagine: Cansado como estava, providencial parecia-me o elevador inteiramente vazio aguardando-me entrar!

Mais que depressa embarquei e apertei o botão para o terceiro andar. Parecia tudo perfeito, até que atinei: Precisaria ainda que eu registrasse minha entrada no relógio ponto, e este, ficava exatamente no andar onde eu tomara o elevador. Agora, sentia invadir-me a frustração... Meu coração também havia tomado um elevador, só que agora, ele estava pra baixo, ou ainda, sentia-me como numa gangorra que me levava de volta ao chão.

Enquanto descia, pensei: Parecia uma grande oportunidade! E era mesmo. Todavia, antes que eu pudesse tê-la agarrado, importava que cumprisse outras exigências.

E como se não bastasse, pedi o andar errado, atrasei-me um pouco mais e acabei utilizando as escadas...

E a Palavra de Deus nos ensina:

"Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado" Provérbios 19:3. Escrito em 02/07/2009.

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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Estilo normando

... As casas também me chamavam atenção. Aquelas fachadas com toras de madeira em forma de X estão em todo lugar. Antes eu chamava isto de estilo germânico, lembrando-me das fachadas das casas alemãs que eu conhecia. Como não estava na Alemanha, achei que haveria outra denominação. Quem sabe, trata-se de um estilo normando...

Na época em eu era aluno de engenharia, estudei a mecânica e a resistência de materiais. Aprendemos que estruturas de nome treliças são as mais fortes formas de se construir um arranjo estrutural. Uma espécie de triângulo de forças. Aquelas fachadas lembraram-me as treliças. Com um único X, pode-se criar quatro triângulos.

Os homens da idade média já pareciam saber disto. Suas casas ainda estão em pé. Interessante... Em Rouen, situa-se o mais antigo restaurante de toda França. Data do século XIV, ou seja, tem setecentos anos. Ele é feito com treliças. Nossas vidas poderiam ser feitas de treliças. Como seriam treliças que nos construiriam?

Que maluquice de pensamento... ou, quem sabe, já sejamos feitos de treliças, afinal, não somos corpo, alma e espírito? Bem, se isto tem fundamento, então por que não duramos? Talvez, o problema esteja na distribuição das forças. Sobrecarregamos o corpo, esquecemo-nos do espírito e vendemos a alma. Desta forma, não há homem que resista. Trecho de meu livro, escrito em 2004, Rouen, França.

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

O vencedor ensina-nos a vencer

"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á" Mat. 7:7-8

Jesus investiu grande parte de seu ministério nos ensinando. Quando somos ensinados, alcançamos entendimento. E este entendimento é como um presente que capacita aquele que o recebe a efetuar a obra que o SENHOR lhe confia.

Quando Jesus faz a declaração registrada em Mateus, capítulo 7, versículos 7 e 8, Ele revelava um grande segredo. O desejo de Cristo é que seus filhos alcancem alvos em suas vidas, agindo em perseverança, através de um relacionamento com o Espírito Santo.

Nas instruções dados por Cristo, Ele mesmo nos incita a trilharmos até três etapas na busca por resultados: PEDIR, BUSCAR e BATER. Vejamos cada uma delas.

PEDIR

A 3º lei de Newton nos afirma que a cada ação corresponde uma reação. A Bíblia nos ensina que há uma lei espiritual semelhante. A ação de PEDIR dispara o princípio: Pedimos e recebemos. O PEDIR é a ação e o receber é a reação. “Pedi e dar-se-vos-á”, afirma o texto sagrado. E continua: “Pois todo o que pede recebe”. Aqui vale a pena destacar: Esta não é uma exceção, é a regra. Também não é para alguns cristãos, porém para todo cristão, desde que ele peça.
Neste nível de oração há o envolvimento entre EU e DEUS. Aquele que pede e aquele que dá. Somos somente nos dois, face a face, olho no olho... Ele aguarda que eu peça e eu aguardo que Ele responda.

O PEDIR é o fundamento do alcançar alvos com êxito. É o princípio básico. Eu peço e espero que o SENHOR aja. Esta é a primeira etapa.

BUSCAR

Na seqüência, Jesus nos dá a liberdade de BUSCAR por aquilo que havíamos pedido. Este nível está alicerçado no fundamento anterior. Funciona como uma escada. Não se pode construir um segundo degrau sem que ele esteja apoiado no primeiro. Nesta etapa, já não encontramos mais um cristão acomodado, pois o BUSCAR denota uma ideia de ação. Então, estão presentes EU, DEUS mais a AÇÃO.

Quando agimos, significa que temos maior fé do se assim não fizéssemos. Não simplesmente acomodamo-nos aguardando uma resposta, porém nos movemos com o objetivo de encontrar a resposta. Este é um nível mais sofisticado na busca dos alvos no Reino de Deus.

Exemplo bíblico é a história de Ana. Orou pedindo a Deus um filho. Ela alcançou o “SIM” de Deus quando PEDIU. No entanto, se ela não tivesse mantido uma relação com seu marido, nada teria acontecido. Mais tarde, ela viu, porque agiu, porque buscou. Ou ainda, Moisés, que pedia a Deus ajuda diante do Mar Vermelho, porém Este o advertiu: “Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem”, ou seja, agora não é hora de pedir, mas de agir! Êx. 14:15.

BATER

Jesus nos afirma que a conseqüência do BATER é o abrir. Nesta etapa envolvemo-nos EU, DEUS a AÇÃO e o PRÓXIMO. Por quê?

Quando bato, obviamente espero que outro abra, pois se eu mesmo pudesse abrir, não teria batido. Este nível de oração é o que Deus deseja que alcancemos e pratiquemos, pois é nele que envolvemos pessoas. Este nível é mais nobre que o primeiro, pois não nos envolvemos somente com Deus, sem nos relacionarmos com outros.

No BATER também está implícita a especificidade do alvo. Significa que amadurecemos a ponto de encontrar exatamente aquilo que buscamos indo em direção a ele. O BATER também é a ação do coração. É ele quem BATE. Deus olha e vê que seu batimento é aquilo que expressa seu íntímo e contribui para que a porta seja aberta. Muitas vezes não recebemos o que pedimos porque Deus sabe que na verdade nosso coração não bate aquilo. Quantas vezes pedimos coisas hoje que nem mais nos lembramos no dia seguinte?

Para alcançarmos algo, precisamos que nosso próximo nos ajude. É por isto que necessitamos uns dos outros e até mesmo daqueles que não suportamos. Nas mãos daqueles que não suportamos está a chave para determinadas bênçãos que temos pedido incessantemente a Deus.

Devemos nos relacionar bem uns com os outros e sempre nos perdoar. Deus espera que tenhamos paz com o outros, pois Ele sabe que aquilo que anelamos está nas mãos do nosso irmão. Foi Deus mesmo que quis que fosse assim. É a maneira dele nos envolver um na vida do outro. Se tudo dependesse de nós mesmos, quem suportaria nossa arrogância? Só estamos onde estamos porque alguém acreditou em nós algum dia ou não.

A falta de perdão é o fracasso do homem. Significa que nunca alcançaremos muitas coisas durante toda vida. Não que Deus não nos deseje abençoar. Isto não tem nada a ver com Ele. No entanto, Deus olha para nós e diz: “Filho, não está comigo, está com teu irmão...” E nosso próximo nunca nos abrirá a porta.

APLICAÇÃO

PEDIR, BUSCAR, BATER foram citados nesta ordem não por acaso.

Conforme crescemos na vida cristã, Deus deseja que amadureçamos em nossa carreira e maneira de nos relacionarmos com Ele. Por isto, temos a liberdade dada por Cristo de trilhar três etapas.

Quando éramos crianças, nossos pais entendiam nossas atitudes de crianças e seria incoerente se nos exigisse algo fora de nossa capacidade. No entanto, é esperado de um adulto um comportamento condizente com sua estatura.

Alguns alcançam no PEDIR, outros ao BUSCAR, e ainda outros, ao BATER.

Muitos não alcançam porque só pedem, outros até buscam e acham, porém não batem. E é por isto que muitas vezes eu e você nos frustramos.

A estatura espiritual em que nos encontramos ou a que Deus deseja que alcancemos determinará em qual destes níveis devemos trilhar. É através de um relacionamento com o Espírito Santo, em que Deus gera em nós o querer e o efetuar para que alcancemos alvos no Reino de Deus.

Devemos agir, pois a fé sem obras, sem ações é morta. E sem um relacionamento com o Espírito Santo, nunca saberemos o que PEDIR, quando BUSCAR e onde BATER.

No fundo, quando trilhamos estes três níveis em direção à conquista, alcançamos um maior envolvimento e conhecimento de Deus. A oração é o pretexto de Deus para que estejamos mais perto Dele. Eis a razão porque isto é assim. Ministração para o culto de juniores e adolescentes em 07/03/2009, sob o título Jesus, o Mestre.

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Acorda, Pedro!

Momentos antes de Jesus ser levado preso, ele dava suas últimas orientações aos seus discípulos. Conhecedor das profecias a seu respeito, declarou aos que o seguiam uma passagem:

Ferirei o Pastor e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galileia Mat. 26:31-32.

Com isto, Cristo dizia a eles: "Quando me virem sendo preso, saiam, corram, dispersem-se. Encontrem-me mais tarde na Galileia". Pedro ainda não levava muito a sério seu Mestre Jesus. Após ouvir a orientação, opôs-se a ideia, ao invés de sair, e preparar suas malas para a viagem...

Mas Jesus replicou: "Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes" Mat. 26: 34.

E Pedro continuou a duvidar: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei..." Mat. 26:35.

Mas Cristo conhecia as Escrituras e também conhecia a Pedro, e assim, sabia que em breve seu discípulo estaria se metendo em confusões e apuros... Jesus não quis discutir, mas intentou ensiná-lo. Uma lição que jamais esqueceria para o resto de sua vida.

Como parte do plano para livrar Pedro, Jesus foi orar e o levou junto consigo. Ele sabia que a oração levaria Pedro a alcançar o entendimento de que necessitava. Na presença de Deus ele teria seu entendimento aberto para que compreendesse as Escrituras. Também levou consigo os dois filhos de Zebedeu.

Jesus afastou-se para a oração. Ao retornar, viu que os discípulos dormiam. Como alcançariam a revelação de Deus sem comunhão com Ele? E nesta ocasião, Cristo revela a Pedro antecipadamente o motivo do seu futuro fracasso:

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca Mat. 26:41.

Vigiar é o mesmo que observar atentamente. Observar o que? A orientação que Cristo havia dado. Pedro havia desprezado a Palavra, não dando ouvidos a ela. Mas Jesus o advertiu dizendo que deveria vigiar nela, e orar, porque a oração traria a ele a revelação, o entendimento de que necessitava. Sem o entendimento não há obediência.

Jesus foi bem claro ao dizer que esta revelação o impediria que "entrasse em tentação", ou seja, existe um lugar de perigo, de exposição ao mal. E nele Pedro não deveria penetrar, para que não falhasse.

Cristo também mostra que compreendia perfeitamente o coração de Pedro quando afirma: "...o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". Aqui, Jesus afirma que entendia Pedro e sua disposição em segui-lo até a morte como afirmou minutos atrás. A veemente afirmação de Pedro: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei", retrata seu espírito pronto.

Contudo, Jesus sabia que apesar da prontidão do espírito, a carne não estaria disposta ao mesmo. E por isto, deveria seguir a orientação e correr para não entrar no local da tentação. Mas Pedro não entendeu isto. Minutos depois a Palavra se cumpria. Os soldados chegaram e os discípulos dispersaram-se:

"Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram" Mat. 26:56.

Pedro continuava a desobedecer. Ao invés de correr, tentou defender a Cristo e cortou a orelha do soldado. Nesta hora foi repreendido mais uma vez...

Depois que todos dispersaram, Pedro continuou em sua sequência de equívocos. Na verdade, ele deveria ter se dispersado com os demais. A Palavra porém afirma:

"Mas Pedro o seguia de longe, até o pátio do sumo sacerdote e, tendo entrado, assentou-se..." Mat. 26:58.

Jesus ensinou-lhe que vigiar e orar fariam com que não entrasse em tentação, mas agora, Pedro "tendo entrado, assentou-se..." Ao entrar no pátio, Pedro estava exposto desnecessariamente ao perigo. Ali ele estava vulnerável. A partir de então, foi alvejado por uma sequência de tentações. Pedro viu os soldados batendo em Jesus. Teve medo e o fruto foi negar ao Mestre. Sua carne revelou fraqueza. E agora, onde estava aquele Pedro de espírito pronto, disposto a morrer por Cristo?

Quando o galo cantou, Pedro acordou. O galo foi o despertador, ou seja, Pedro entendeu a estupidez que cometera. Ele entendeu finalmente a orientação de Jesus e de que ali não era o lugar em que deveria estar. Depois disto, agiu:

"Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. e, saindo dali, chorou amargamente" Mat. 26:75.

Somente quando Pedro obteve o entendimento, agiu em obediência. Saiu de onde nunca deveria ter entrado. Mas, era demasiadamente tarde. Agora, sofria desnecessariamente tremenda dor.

Pedro aprendeu a duras penas a vigiar. Mas agora, trilhava o caminho certo:

“Seguiram os onze discípulos para a Galileia, para o monte que Jesus lhes ordenara.” Mat. 28: 16.

Pedro compreendeu que, a observância e o entendimento, teriam poupado seu coração de todas aquelas amarguras. O entendimento vem em nosso relacionamento com o Espírito Santo através da oração. Escrito em 05/06/2009

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Minhas primeiras letras

Ainda me recordo das minhas primeiras letras. Eu completara meus sete anos e meus pais me colocaram na escola. Era a primeira série.

Antes disto, porém, um dia lá em casa, meus pais conversavam sobre o fato de seus filhos irem à escola aprender. Conversa vai, conversa vem, e eu, como toda criança que gosta de elogios e atenção, escrevi num pedacinho de papel as vogais, tais como as apresento abaixo:


Corri até a minha mãe, orgulhoso de mim mesmo e mostrei o que eu fizera. “Viu mãe como já sei as vogais!”, disse com contentamento. “Estão certas, não é mesmo?” Ela concordou.

Então eu fui para a escola. Um dia, a professora pegou nossos cadernos de caligrafia para uma tarefa. Ela escreveu as vogais e pediu que copiássemos até que a folha acabasse. Copiava, até que percebi um sinal nada familiar. Então pensei: “O que é isto? A professora deve ter se enganado...”. Terminei a tarefa e entreguei o caderno para a professora, que ao verificá-lo, pareceu confusa. Eis o que ela viu:



Mediante tal resultado, chamou outra professora e mostrou o que eu escrevera. “Por que será que ele fez isto?”, perguntou-lhe. Ela respondeu: “Não sei... Peça que faça novamente”. E assim foi. A professora apagou e eu consertei. Ela nunca soube o porquê daquilo. Mas eu sabia. Obviamente, eu tinha mais confiança na minha mãe do que em qualquer outra pessoa. Então cedo, logo entendi, que atrás de cada ação há um pensamento, por mais incompreensível que possa parecer.

Passaram-se os anos. Tentei melhorar minha escrita. Certamente ainda não sou de todo bom neste ofício. Por isso, peço aos caros amigos, que se em algum momento um erro eu cometer, não me julguem tão severamente, pois ainda tenho muito que aprender... Escrito no verão de 2006.

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

A receita e o bolo

Alguns dias atrás, ao meditar em um texto da Palavra de Deus, veio-me a mente uma imagem: um homem com uma receita de bolo nas mãos. Inquestionavelmente tratava-se de uma receita deliciosa, e o homem gabava-se de conhecê-la. Onde ele ia, mostrava aquela receita aos seus amigos e a lia com entusiasmo, tentando convencer aos que o ouviam que saborosa receita era!

Por fim, viu algo que mudou sua vida: encontrou outro homem com um delicioso bolo em suas mãos, feito da mesma receita que ele tinha nas suas.

Caindo em si, finalmente entendeu: seu maior prazer, encontraria em praticar, e não somente em conhecer...


E o texto no qual eu meditava é:


"Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos" Tiago 1:22.

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Ser mestre: uma grande responsabilidade


"Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo" Tiago 3:1.

É necessário que tenhamos um entendimento correto da Palavra de Deus para não cairmos em erros e levarmos muitos a praticá-los. Por causa disto, infelizmente, existem muitas heresias e falsos ensinamentos. Acredito que tais erros, na maior parte, surjam, não de forma intencional (afinal de contas, qual pregador consciente de sua responsabilidade em Cristo gostaria de cometer uma heresia?). Todavia, falsas interpretações podem levar milhares ao inferno e, é verdade que muitos são usados pelo diabo.

Recentemente, ouvi de um pregador que Martinho Lutero ajudou na colonização dos Estados Unidos da América, indo de cidade em cidade e fundando vilarejos (motivo pelo qual esta seria uma nação de maioria protestante). Pelo que a história conta, Martinho Lutero começou a Reforma, na Europa, por volta do ano de 1517, século XVI, ou seja, a América era recém descoberta.

Os Estados Unidos da América foram colonizados pelos ingleses muitos anos depois e, Martinho Lutero, um alemão, nunca colocou seus pés em continente americano. Não serei conservador e farisáico a ponto de elevar a erudição ao princípio mais importante na pregação do Evangelho. Os próprios apóstolos Pedro e João foram considerados "indoutos e iletrados" (Atos 4:13), porém, o Espírito de Deus agia através deles e os doutores da lei ficavam admirados com sua sabedoria.

Tenho consciência de que a revelação do Espírito Santo está acima de qualquer conhecimento humano. Contudo, preocupa-me que um erro como o citado anteriormente coloque em xeque a credibilidade do pregador e da pregação, pois, se há um erro como este, quantos outros conceitos e informações incorretas existiriam na mesma mensagem transmitida? Necessitamos manejar bem a Palavra de Deus, como sugere o Apóstolo São Paulo a Timóteo (II Timóteo 2:15) e, vigiar, para não transmitir mentiras e falsos ensinamentos ao povo de Deus. Trecho extraído do texto Irão realmente os tímidos para o inferno?, escrito em 2004, Rouen, França.

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Era uma vez uma igrejinha...


Quero contar uma parábola. Era uma vez uma igrejinha (não usei o diminutivo pejorativamente, porém significa que era uma pequena congregação...), onde havia uma irmãzinha que ficava na porta da frente recepcionando aos que chegavam. Ela tinha uma sorriso lindo e transmitia através dele, paz, simpatia, gentileza e amor notável a todos quantos a cumprimentavam.

Um dia um casal não cristão que há muito tempo planejava uma visita a igrejinha que ficava a poucos metros de sua casa, foram recepcionados pela irmãzinha. Aquele sorriso ao recepcioná-los tocou profundo no coração de ambos e eles se sentiram tão bem recebidos e amados que começaram a freqüentar as reuniões. Aceitaram a Cristo e começaram a fazer parte do corpo.

Alguns meses depois, numa reunião familiar, o jovem homem compartilhou com os demais sua experiência de conversão e disse: "Eu e minha esposa fomos tocados pelo amor de Deus neste lugar no dia em que chegamos, e aquela senhora na portaria nos recebeu. Entendemos muito pouco acerca do que o pastor pregou, pois para nós tudo era novo, porém o sorriso dela nos cativou". Ouvindo isto, muitos outros irmãos sorriram e disseram que com eles havia ocorrido o mesmo. Deus usava aquela irmã na portaria para ganhar almas e se dependesse somente do pastor, quem sabe o casal nem mesmo tivesse retornado.

Muitas irmãzinhas nas portarias têm conquistado almas para o SENHOR. Fica evidente que o local onde Deus nos colocou é o melhor local reservado em todo universo. O lugar daquela irmãzinha não era um púlpito, nem uma sala de aula de escola dominical, porém Deus queria usá-la na portaria, um lugar que aos olhos naturais é menos importante que o altar. Muitas vezes aqueles que estão nos bastidores são os grandes conquistadores. O detalhe é que faz a grande diferença. O detalhe que nem se percebe. Um frango que gira num forno de churrascaria é tentador, sobretudo se se está com fome. A grande decepção é levá-lo a boca e descobrir que não tem sabor. Alguém esquecera de colocar o sal. O sal não aparece mais que o frango, porém sem ele, o frango por inteiro perde seu valor.

Quando eu era criança, costumava fazer fantoches de papel mâché. Eu os construía, porém eles eram tão sem graça... Depois eu pintava uma sobrancelha, pregava os olhos, pintava os detalhes das orelhas e quando terminava um boneco estava pronto. Dependendo do modo como eu pintava, da cor da espuma e lã que colava para fazer seus cabelos, eu criava crianças, mulheres, velhinhos e velhinhas. Os detalhes eram transformadores. Somente a cabeça e os braços não significavam nada.

E, quanto aos discípulos que têm se sentido não mais que um mero detalhe no corpo, gostaria de parabenizá-los, porque, tais como os bonecos que construía, são os detalhes que embelezam e tornam o corpo de Cristo tão maravilhoso. O importante é sempre ser um detalhe, independentemente da posição que ocuparmos. Somos um detalhe maravilhoso cujo único que deve realmente aparecer é Jesus Cristo, pois como disse João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30). Adaptado da versão original escrita em 2004, Rouen, França.

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Desde pequeno eu tinha um sonho


Desde pequeno eu tinha um sonho. Habitava na mesma casa de meus pais e meus irmãos. Era uma casa pobrezinha, feita de madeira, e tinha um grande quintal. Agradava-me cultivar as flores e desejava ter um jardim.

Um certo dia, tive uma grande ideia: cultivaria meu próprio jardim em frente a minha casa. Carreguei muita terra para cultivar as flores e também a grama. Passava quase todo o dia com os aparelhos de jardinagem trabalhando sobre o solo. As semanas passavam... a grama e as flores cresciam! Isto me alegrava muito.

Quando era quase o dia findo e a noite caia, regava a terra e as plantas. O meu jardim não era ainda como os jardins que via nos filmes ou nas revistas, contudo, o amava muitíssimo.

Um outro dia, meu irmão me chamou. Alguém arrancava a grama do meu jardim: era minha avó! Infelizmente, era muito tarde.

Depois, decidi não plantar mais, pois era muito difícil cuidar das plantas e estudar para as provas da escola. Assim, o tempo passou... mudei-me para uma outra cidade onde encontrei flores nas ruas!

Desde pequeno eu tinha um sonho... e ainda o tenho. Adaptado da versão original em italiano, escrito em 12/08/2008

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sem amor nada seria

"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria..." I Co 13:1-3.

Algumas semanas atrás, recebi em meus braços uma criança. A pequena parecia muito triste e abatida, e segundo sua mãe, estava doente. Abracei a princesinha do SENHOR com muito carinho e a trouxe para a sala de aula.

A maior parte do tempo ela ficou sentada no canto da sala, sem se envolver com as demais crianças. Eu a observava de vez em quando, para ver se ela continuava bem... e ela de vez em quando vinha e me envolvia com um abraço, e depois, retornava ao cantinho dela...

Em determinado momento, ao vê-la tão inerte, pensei: "Vou orar por esta criança". No entanto, um segundo após meu pensamento, um sentimento invadiu-me: "Não ore!". Fiquei confuso. Como não oraria por ela? Mesmo assim, obedeci, esperando entender o porquê daquilo.

Conforme o tempo passava, envolvíamos todos nas atividades de sala de aula. A princesinha vinha e foi acolhida com muito carinho, abraços, beijos e atenção. No final daquela aula, coloquei-a em meus ombros e corríamos de um lado para outro da sala. Ela ria e se divertia e eu nem sabia o que estava fazendo, pois em nenhum momento agi pensando em levantar seu astral.

Logo, chegou o fim. A mãe da criança veio, e a levou. Alguns minutos depois, aquela mulher retornou com um dos maiores sorrisos que eu jamais vi em seu rosto. Ela perguntou-me com regozijo: "O que foi que tu fizeste com minha filha?" No primeiro instante eu não entendi sua pergunta. Contudo, ao compreendê-la, respondi: "Eu não fiz nada", e já não era a mesma criança que fora deixada por ela naquele lugar. Uma lição aprendi desta história: Não importa o que fizesse, sem amor, nada seria...

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aprendendo a sonhar


"Ao homem que é capaz de crer de todo o seu coração e toda sua alma, digo, verdadeiramente, que Jesus Cristo esta voltando... Haverá algo impossivel que este homem possa crer, sonhar e alcançar? Haverá sonho humano inacessível? Você vai até aonde seu sonho alcança. Se sonha pequeno, alcança pouco; se sonha grande, alcança muito. É como uma semente: pode parecer fraca e insignificante, porém ela se tornará numa flor de beleza insuperável... ou numa árvore frondosa... Basta crer e investir.

Sonhar não custa nada! Sonhar é grátis! Você não precisa sequer um centavo no bolso ou um carro importado na garagem! Basta ousar e olhar além. Quanto mais longe melhor... e acreditar, que irás alcançar. Digo isto porque creio nisto. E se alguma coisa alcancei, é porque em primeiro lugar cri em Cristo e como disse o Apóstolo São Paulo: "Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece" (Filipenses 4:13). Escrito em 11/02/2004, Rouen, França.

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O violino


O violino. O que falar sobre ele? Talvez começar com uma das inúmeras descrições que encontramos tais como: "pequena caixa de madeira...", ou, "instrumento musical da família das cordas...", ou ainda, "instrumento musical cujo som é obtido através do atrito de um arco...".

Inúmeras são as descrições que vi até hoje e não me atrevo repetir. Quero falar daquilo que nunca ninguém falou e gostaria de fazê-lo de forma especial. O violino é um pequeno instrumento capaz de transportar as mais remotas dimensões dos sentimentos. Ele com seu arco é capaz de tocar o fundo da alma. Aliás, o violino também tem alma. Os sons obtidos de suas cordas transformam sentimentos abstratos e invisíveis que fazem parte somente do mundo daquele que o detém, em ondas mecânicas captadas pelos ouvidos de tantos quantos estiverem ao seu alcance, fazendo-se entender no coração desses.

O violino é um materializador de emoções. Em mãos hábeis ele se torna oporta-voz de quem o manuseia. Um universo de sons e melodias é produzido por ele, e saber tocá-lo é o mesmo que comunicar em uma linguagem que somente a alma pode interpretar. Sinto como se ele possuísse personalidade própria. Quando estão reunidos numa orquestra evidenciam sua força; sozinho, sua beleza. Ora torna-se melancólico, ora colérico.

Sua expressividade é fascinante. Com ele nós homens somos capazes de produzir chuva, sol, ventos e desta forma alegrando ou entristecendo seus ouvintes. Somos capazes ainda de hipnotizar uma plateia que se entrega as delícias e ao prazer de cada nota produzida.

Esta mesma plateia retribui quase que em um delírio coletivo, manifestando-se através de aplausos e gritos de agradecimentos. Ele é um instrumento perigoso... pode manipular os sentimentos. Não é fácil domá-lo, pois é selvagem. Apesar de sua aparência refinada, elegante e aristocrática é um selvagem. Quem já tentou domá-lo que o diga. Muitos são os que se apaixonam, porém ele não se deixa conquistar. Entendê-lo demanda anos e anos de dedicação. Entregamo-nos por completo e ele não se importa conosco. Passamos horas e horas, dias e dias de estudo... Algumas vezes é preciso deixá-lo, como numa demonstração de orgulho e amor próprio, porém sem efeito. Ele nunca se rende e logo voltamos a colocá-lo em nossos braços. Morremos de saudade e ele parece saber disto.

Quais segredos ele carrega junto a si? Por que é tão difícil compreendê-lo? Ele sempre esconde uma surpresa. Por mais que pareça que progredimos na difícil arte de domesticá-lo, ele, vez ou outra nos mostra quem na verdade tem o controle da situação e ele faz isto da maneira mais irritante possível. Nos faz sofrer quando grita naquela"arranhada" que produz por um golpe de arco mal conduzido. Lógico que não foi nossa intenção, mas ele faz de propósito,ou quem sabe seja parte de sua natureza, mais nada.

Algum dia deixar-se-á vencer? Conseguirei compreendê-lo? Tenho a impressão que no passado alguns conseguiram ou chegaram muito perto. Bach, Vivaldi, Paganini, Brahms... Não foram muitos. Foram poucos. Talvez seja assim mesmo. De tempos em tempos ele deva abrir sua exceção, deixar-se conquistar, compreender, domar. Enquanto isto ele continua me encantando e seduzindo tantos outros pela sua voz melancólica a continuar aquecendo-lhe junto aos braços. Escrito em 04/05/2004, Rouen, França.

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Estas esponjinhas as crianças

"Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas vinho novo em odres novos, e ambos se conservam" Mateus 9:17.

"E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus..." Mateus 18:3.

"Jesus Cristo, em sua Palavra, afirma que não se deita vinho novo em odre velho. Esta noite, vos apresento os mais novos odres que temos nesta igreja: nossas crianças.

Trabalhar com crianças é uma grande responsabilidade. Ensináveis, absorvem como esponjinhas e são atentas a tudo. Aqui estão promessas de grandes homens e mulheres de Deus, escolhidos desde o ventre. Amados, Jesus também nos afirma que, se não formos como elas, não poderemos entrar no reino dos céus.

Por quê? Porque o Evangelho da Salvação são Boas-Novas... e como receberemos Boas-Novas se nos tornarmos como odres velhos? E porque elas são odres novos, esta geração tem o potencial de alcançar muito mais além daquilo que nós mesmos alcançamos" Ministração sobre crianças, 19/04/2009.

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