Ainda me recordo das minhas primeiras letras. Eu completara meus sete anos e meus pais me colocaram na escola. Era a primeira série.
Antes disto, porém, um dia lá em casa, meus pais conversavam sobre o fato de seus filhos irem à escola aprender. Conversa vai, conversa vem, e eu, como toda criança que gosta de elogios e atenção, escrevi num pedacinho de papel as vogais, tais como as apresento abaixo:
Então eu fui para a escola. Um dia, a professora pegou nossos cadernos de caligrafia para uma tarefa. Ela escreveu as vogais e pediu que copiássemos até que a folha acabasse. Copiava, até que percebi um sinal nada familiar. Então pensei: “O que é isto? A professora deve ter se enganado...”. Terminei a tarefa e entreguei o caderno para a professora, que ao verificá-lo, pareceu confusa. Eis o que ela viu:

Mediante tal resultado, chamou outra professora e mostrou o que eu escrevera. “Por que será que ele fez isto?”, perguntou-lhe. Ela respondeu: “Não sei... Peça que faça novamente”. E assim foi. A professora apagou e eu consertei. Ela nunca soube o porquê daquilo. Mas eu sabia. Obviamente, eu tinha mais confiança na minha mãe do que em qualquer outra pessoa. Então cedo, logo entendi, que atrás de cada ação há um pensamento, por mais incompreensível que possa parecer.
Passaram-se os anos. Tentei melhorar minha escrita. Certamente ainda não sou de todo bom neste ofício. Por isso, peço aos caros amigos, que se em algum momento um erro eu cometer, não me julguem tão severamente, pois ainda tenho muito que aprender... Escrito no verão de 2006. Continue lendo >>