segunda-feira, 18 de maio de 2009

Era uma vez uma igrejinha...


Quero contar uma parábola. Era uma vez uma igrejinha (não usei o diminutivo pejorativamente, porém significa que era uma pequena congregação...), onde havia uma irmãzinha que ficava na porta da frente recepcionando aos que chegavam. Ela tinha uma sorriso lindo e transmitia através dele, paz, simpatia, gentileza e amor notável a todos quantos a cumprimentavam.

Um dia um casal não cristão que há muito tempo planejava uma visita a igrejinha que ficava a poucos metros de sua casa, foram recepcionados pela irmãzinha. Aquele sorriso ao recepcioná-los tocou profundo no coração de ambos e eles se sentiram tão bem recebidos e amados que começaram a freqüentar as reuniões. Aceitaram a Cristo e começaram a fazer parte do corpo.

Alguns meses depois, numa reunião familiar, o jovem homem compartilhou com os demais sua experiência de conversão e disse: "Eu e minha esposa fomos tocados pelo amor de Deus neste lugar no dia em que chegamos, e aquela senhora na portaria nos recebeu. Entendemos muito pouco acerca do que o pastor pregou, pois para nós tudo era novo, porém o sorriso dela nos cativou". Ouvindo isto, muitos outros irmãos sorriram e disseram que com eles havia ocorrido o mesmo. Deus usava aquela irmã na portaria para ganhar almas e se dependesse somente do pastor, quem sabe o casal nem mesmo tivesse retornado.

Muitas irmãzinhas nas portarias têm conquistado almas para o SENHOR. Fica evidente que o local onde Deus nos colocou é o melhor local reservado em todo universo. O lugar daquela irmãzinha não era um púlpito, nem uma sala de aula de escola dominical, porém Deus queria usá-la na portaria, um lugar que aos olhos naturais é menos importante que o altar. Muitas vezes aqueles que estão nos bastidores são os grandes conquistadores. O detalhe é que faz a grande diferença. O detalhe que nem se percebe. Um frango que gira num forno de churrascaria é tentador, sobretudo se se está com fome. A grande decepção é levá-lo a boca e descobrir que não tem sabor. Alguém esquecera de colocar o sal. O sal não aparece mais que o frango, porém sem ele, o frango por inteiro perde seu valor.

Quando eu era criança, costumava fazer fantoches de papel mâché. Eu os construía, porém eles eram tão sem graça... Depois eu pintava uma sobrancelha, pregava os olhos, pintava os detalhes das orelhas e quando terminava um boneco estava pronto. Dependendo do modo como eu pintava, da cor da espuma e lã que colava para fazer seus cabelos, eu criava crianças, mulheres, velhinhos e velhinhas. Os detalhes eram transformadores. Somente a cabeça e os braços não significavam nada.

E, quanto aos discípulos que têm se sentido não mais que um mero detalhe no corpo, gostaria de parabenizá-los, porque, tais como os bonecos que construía, são os detalhes que embelezam e tornam o corpo de Cristo tão maravilhoso. O importante é sempre ser um detalhe, independentemente da posição que ocuparmos. Somos um detalhe maravilhoso cujo único que deve realmente aparecer é Jesus Cristo, pois como disse João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30). Adaptado da versão original escrita em 2004, Rouen, França.

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