Ainda me recordo das minhas primeiras letras. Eu completara meus sete anos e meus pais me colocaram na escola. Era a primeira série. Mediante tal resultado, chamou outra professora e mostrou o que eu escrevera. “Por que será que ele fez isto?”, perguntou-lhe. Ela respondeu: “Não sei... Peça que faça novamente”. E assim foi. A professora apagou e eu consertei. Ela nunca soube o porquê daquilo. Mas eu sabia. Obviamente, eu tinha mais confiança na minha mãe do que em qualquer outra pessoa. Então cedo, logo entendi, que atrás de cada ação há um pensamento, por mais incompreensível que possa parecer.
Antes disto, porém, um dia lá em casa, meus pais conversavam sobre o fato de seus filhos irem à escola aprender. Conversa vai, conversa vem, e eu, como toda criança que gosta de elogios e atenção, escrevi num pedacinho de papel as vogais, tais como as apresento abaixo:
Então eu fui para a escola. Um dia, a professora pegou nossos cadernos de caligrafia para uma tarefa. Ela escreveu as vogais e pediu que copiássemos até que a folha acabasse. Copiava, até que percebi um sinal nada familiar. Então pensei: “O que é isto? A professora deve ter se enganado...”. Terminei a tarefa e entreguei o caderno para a professora, que ao verificá-lo, pareceu confusa. Eis o que ela viu:
terça-feira, 26 de maio de 2009
Minhas primeiras letras
Corri até a minha mãe, orgulhoso de mim mesmo e mostrei o que eu fizera. “Viu mãe como já sei as vogais!”, disse com contentamento. “Estão certas, não é mesmo?” Ela concordou.
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2 comentários:
Essa foi digna de livros, muito bom.
Abração,
Wagner Fernandes
Olá, Wagner!
Obrigado pelo comentário. Eles são por demais valiosos.
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Um abraço,
Cléber
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