Esta manhã me perguntava: por que brilham as estrelinhas? Entendi que toda estrela deseja ser criança. Então, elas emitem sua luz e correm para a Terra na esperança de que, ao olhar o céu, contemplem o seu brilho. E estes pensamentos, inspiraram-me alguns versos.
Esta manhã me perguntava:
Por que brilha uma estrelinha?
Entendi que seu desejo
É ser menino ou menina.
Ela emite sua luz
E corre para a Terra
O seu brilho no escuro
Não se apaga como a vela.
E por isso fui pensando
Nestas coisas do universo
As tão belas pequeninas
Inspiraram-me estes versos.
Dizem que a estrelinha que vemos hoje,
É um sinal da estrelinha que foi um dia
Um ponto de luz majestoso
Suspenso no céu como um guia.
Homens fitavam os céus
As luzes inspiravam-lhes filhos,
Navegantes aguardavam a noite
Magos traçavam caminhos.
Brilham, brilham muito longe,
Estes pontinhos coloridos
Fariam ideia como é
Divertido ser menino?
As distâncias não as intimidam
Pois nasceram pra brilhar
Pouco importa aqui na Terra
Quantos são a contemplar.
A luz que vejo hoje,
Foi a que um dia brilhou
Quão bela, lá no alto
A estrelinha cintilou!
Dentre todas as estrelas
Que existem no universo
Encontrei uma, linda, que
Eu descrevo nestes versos.
Ela via a luz das outras
Mas não entendia si mesma
Sem um espelho que mostrasse
Ou refletisse sua beleza.
Alguém lhe deu uma ideia
Para ver a si brilhar:
Vai correndo lá na Terra
E criança se tornar.
Ela olhava lá de cima
Achava-se tão pequena
Pensa ela bem quietinha:
Este sonho vale a pena!
A criança quando nasce,
É a estrelinha que brilhou.
Desceu logo, bem depressa
E seu brilho dissipou.
Um dia toda criança
Observa o céu surpresa
Pergunta-se donde vem
Tanto brilho e beleza.
Que é aquilo, lá no céu?
A resposta eu bem que sei
A mais famosa que conheço
É a Estrelinha de Belém!
Por que uma estrela brilha?
Porque quer ser criança!
E da Terra ela verá
Quão bela sua herança.
Um dia toda criança
Retorna ao céu como estrela
E do alto, ela se faz,
A pergunta que entra em cena:
Que é aquilo, lá na Terra?
A resposta eu bem que sei
Quem sabe seja ela
A luzinha que deixei.
Dizem que a estrelinha que vemos hoje,
É um sinal da estrelinha que foi um dia
Um ponto de luz majestoso
Suspenso no céu como um guia.
Então, quando olhamos alguém
Que um dia nos magoou
Como podemos julgá-lo
Se no passado ficou?
Escrito em 25/02/2011
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Nem sempre evitei amar
Frustração é o efeito colateral de uma expectativa não atendida... Acho que é assim que me sinto agora. Bem, surgem-me algumas lembranças...
Quando eu era criança, eu tinha um papagaio. Costumava deixá-lo subir nas árvores do quintal durante o dia. Ao entardecer, recolhia-o para dentro de casa.
Contudo, uma das tardes foi diferente. Na tentativa de trazê-lo, o papagaio voou sobre o telhado. Corri na direção que tomou. Nunca mais o vi (Junior, perdoe-me por tê-lo assustado).
Eu não chorei, até que, fui indagado sobre seu paradeiro. A confissão trouxe consigo o choro, a voz embargada e as lágrimas abundantes. Confessar, às vezes, faz doer o coração.
Em outra ocasião, eu tinha dois porquinhos-da-índia. Eu cuidava deles e encontravam-se dentro de uma caixa de papelão. Minha mãe pediu-me que fosse ao mercado. Quando eu voltei, estavam mortos. O cãozinho os matou (Porquinhos, perdoem-me por tê-los deixado sós).
Novamente, as lágrimas surgiram e a dor desabrochou. Eu que tinha tanto amor, tanta expectativa na satisfação que aqueles bichinhos me davam, mas agora...
Após isto tudo, como que as marcas das desventuras tornassem-se um filme diante de meus olhos, percebi que, a melhor maneira de evitar a dor da perda seria nunca tê-los recebido. Naquele dia decidi: nunca mais terei um bichinho de estimação.
Hoje, não tenho outras histórias de bichinhos e dores para contar. Eu estava certo. Nunca mais uma única lágrima verteu de meus olhos quanto à perda de um deles.
Em contrapartida, também não tenho as boas lembranças... o biquinho que me mordia a orelha, o eco da sua voz, a cabecinha com as penas arrepiadas entre minhas mãos ao acariciá-la... Também não tenho lembranças tais como as manhãs em que, antes de ir à escola, cortava o capim para os roedores, a casinha de papelão onde se escondiam, os pulinhos desajeitados e engraçados...
Para não sofrer, evita-se amar. E ao decidir isto, na verdade, matei antecipadamente a quem nunca encontrei. Nunca nos conhecemos e, talvez, este vácuo seja pior que qualquer dor, pois, onde estarão as boas recordações da minha vida? Escrito em 10/02/2011.
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Quando eu era criança, eu tinha um papagaio. Costumava deixá-lo subir nas árvores do quintal durante o dia. Ao entardecer, recolhia-o para dentro de casa.
Contudo, uma das tardes foi diferente. Na tentativa de trazê-lo, o papagaio voou sobre o telhado. Corri na direção que tomou. Nunca mais o vi (Junior, perdoe-me por tê-lo assustado).
Eu não chorei, até que, fui indagado sobre seu paradeiro. A confissão trouxe consigo o choro, a voz embargada e as lágrimas abundantes. Confessar, às vezes, faz doer o coração.
Em outra ocasião, eu tinha dois porquinhos-da-índia. Eu cuidava deles e encontravam-se dentro de uma caixa de papelão. Minha mãe pediu-me que fosse ao mercado. Quando eu voltei, estavam mortos. O cãozinho os matou (Porquinhos, perdoem-me por tê-los deixado sós).
Novamente, as lágrimas surgiram e a dor desabrochou. Eu que tinha tanto amor, tanta expectativa na satisfação que aqueles bichinhos me davam, mas agora...
Após isto tudo, como que as marcas das desventuras tornassem-se um filme diante de meus olhos, percebi que, a melhor maneira de evitar a dor da perda seria nunca tê-los recebido. Naquele dia decidi: nunca mais terei um bichinho de estimação.
Hoje, não tenho outras histórias de bichinhos e dores para contar. Eu estava certo. Nunca mais uma única lágrima verteu de meus olhos quanto à perda de um deles.
Em contrapartida, também não tenho as boas lembranças... o biquinho que me mordia a orelha, o eco da sua voz, a cabecinha com as penas arrepiadas entre minhas mãos ao acariciá-la... Também não tenho lembranças tais como as manhãs em que, antes de ir à escola, cortava o capim para os roedores, a casinha de papelão onde se escondiam, os pulinhos desajeitados e engraçados...
Para não sofrer, evita-se amar. E ao decidir isto, na verdade, matei antecipadamente a quem nunca encontrei. Nunca nos conhecemos e, talvez, este vácuo seja pior que qualquer dor, pois, onde estarão as boas recordações da minha vida? Escrito em 10/02/2011.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Pão sujo
Em certa ocasião, ouvi acerca de alguém que, ultrapassando os limites de sua própria continência, engravidara sua namorada. O pronto julgamento que ouvi foi: esta foi a consequência de seu pecado.
Ao ouvir o parecer, algo soou estranho aos meus ouvidos: consequência de pecado?
Ora, a fornicação foi um erro, no entanto, a gravidez não. A gravidez foi um acerto.
A concepção jamais será consequência de qualquer pecado, pois, na realidade, uma concepção sempre será uma consequência natural. Não importa quão santo, ou quão impuro, quão lícita ou ilícita uma união; um ato sexual consumado encerra a possibilidade da geração de um novo ser.
Um casal, em tese, possui a mesma probabilidade de gerar uma criança tanto um dia antes de seu casamento quanto na noite de núpcias. Que diríamos daqueles? Que a gravidez foi consequência do pecado, enquanto destes, consequência do quê?
Logo, a fornicação, não traria consequência alguma? Traria sim, visto que pecado é. E esta consequência concentra-se em: uma profunda dor na alma, e o sentimento frustrante de que tudo que se experimentou, de outra forma, teria um sabor melhor.
E isto também vale para o dinheiro que se ganhou, ou a medalha que se conquistou.
Como reflexão, sugiro: “Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia”. Provérbios 20:17 Continue lendo >>
Ao ouvir o parecer, algo soou estranho aos meus ouvidos: consequência de pecado?
Ora, a fornicação foi um erro, no entanto, a gravidez não. A gravidez foi um acerto.
A concepção jamais será consequência de qualquer pecado, pois, na realidade, uma concepção sempre será uma consequência natural. Não importa quão santo, ou quão impuro, quão lícita ou ilícita uma união; um ato sexual consumado encerra a possibilidade da geração de um novo ser.
Um casal, em tese, possui a mesma probabilidade de gerar uma criança tanto um dia antes de seu casamento quanto na noite de núpcias. Que diríamos daqueles? Que a gravidez foi consequência do pecado, enquanto destes, consequência do quê?
Logo, a fornicação, não traria consequência alguma? Traria sim, visto que pecado é. E esta consequência concentra-se em: uma profunda dor na alma, e o sentimento frustrante de que tudo que se experimentou, de outra forma, teria um sabor melhor.
E isto também vale para o dinheiro que se ganhou, ou a medalha que se conquistou.
Como reflexão, sugiro: “Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia”. Provérbios 20:17 Continue lendo >>
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